14/05/2020

Texto sem poesia, para dias sem poesia...

“Olá. Tudo bem?”

A pergunta feita por educação, na maioria das vezes, retém o grito na garganta...
Como pode estar tudo bem com tanta tristeza, tanta desesperança, tanta fome e medo empesteando o nosso já tão impuro ar?

Assim como a morte, que sempre esteve à espreita, mas que atualmente resolveu “matar em série”, a natureza parece querer se vingar de tanta atrocidade cometida contra ela... e, aliada à dona morte, tem escolhido a esmo as suas vítimas...

Não. Não é possível estar “tudo bem”...

Mas, à pergunta educada, a boca geralmente responde com um “Tudo bem”... quando, na verdade, gostaria de responder:
Estou sobrevivendo...
Sobrevivendo à dor,
Sobrevivendo ao medo...

Enquanto, lá no peito, a gente segue acalentando a tênue esperança de dias melhores...

 

Jade Campobello

- meu pseudônimo para textos com ou sem poesia -

 

(Quarentena – Coronavírus – COVID19... Já não conto mais os dias)


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Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come".

(Índios Amazônicos)

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