03/03/2014

As redes sociais e Eu!

Por Janethe Fontes



Há algum tempo, eu tenho uma relação de amor e ódio com a internet, sobretudo com as redes sociais. Por isso já fiquei um tempo afastada, mantendo contato com leitores e amigos quase que exclusivamente por e-mail. Mas a verdade é que não posso abdicar desse instrumento, pois hoje eu tenho plena consciência da importância dessas ferramentas de comunicação para o meu trabalho. Afinal, através das redes sociais é possível estreitar o relacionamento com meus leitores, de forma que possa obter suas sugestões e críticas, que são importantíssimas para mim. Além disso, a troca de experiências com amigos virtuais de tudo o que é lugar do mundo, me permite um redimensionamento dos acontecimentos que me ajuda a compreender muitíssimo melhor o mundo à minha volta. Há também os laços afetivos que a distância, às vezes, diminui, mas a internet nos permite “manter mais próximo” quem está longe, já que no mundo virtual não existem fronteiras. Há ainda o fato imprescindível que é o da divulgação nessas redes cujo custo é zero para mantê-las. 

Enfim, eu poderia citar aqui mil e um pontos positivos das redes sociais. Mas o fato é que há muitos pontos negativos também! E tem hora que a gente se cansa demais desses canais onde as pessoas se sentem completamente à vontade para falar as mais absurdas bobagens... e coisas piores também!

Racismo, homofobia, misoginia e tudo o que é tipo de preconceito são verbalizados sem o menor pudor, e de forma que às vezes a gente chega a perder a esperança na humanidade. Enfim, é tanta coisa discriminatória e estúpida que assusta!

E não, não é possível sair incólume dessas redes sociais, fingir que não está vendo colegas serem perseguid@s por pessoas que chegam até a usar o nome de Deus para disseminar ódio e intolerância!  E o pior é quando o preconceito parte de alguns “amigos” ou de pessoas da família, isso dá uma aflição danada.

Outro aspecto muito ruim da internet, das redes sociais, é o tempo que se perde com isso. Quando a gente percebe, o dia já virou noite e vice-versa. Por isso, tenho me policiado para não perder o controle do tempo e prejudicar o rendimento das minhas tarefas diárias.

Alguns meses atrás, fiquei sem internet por quase 15 dias, e senti um misto de ansiedade e alívio que é até difícil de explicar, pois, se por um lado, fiquei angustiada por não saber o que estava se passando no mundo virtual, por outro, me senti aliviada por poder colocar minhas leituras em dia. Fazia tempo que não conseguia me dedicar tanto à leitura como nesses 15 dias que fiquei offline, o que me fez observar o quanto realmente as redes sociais atrapalhavam o meu desempenho em coisas de maior importância.

Foram 15 dias que também me proporcionaram muito alívio emocional, e eu percebi que a internet e as redes sociais são como facas de dois gumes, ou seja, se por um lado fazem bem, por outro, podem acarretar muito mal. É preciso ter cuidado!


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Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come".

(Índios Amazônicos)

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