Recortes da Semana - Tudo aquilo que li
e recomendo para você!
Ah, o tempo... que nos escapa pelas
brechas dos dedos
e nos deixa em estado de
angústia...
que por mais que tentemos não
conseguimos controlar...
[Janethe
Fontes]
Este post está super-hiper-mega
atrasado. Mas, finalmente, está aqui!
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Mochila literária – Edição nordeste. Eu fui!!
Eu sei que este tópico não foi criado
para eu falar das minhas “aventuras” literárias, mas eu não poderia deixar de
compartilhar com vocês minha alegria por ter participado deste projeto inovador
que é a Mochila Literária: uma turnê de escritores
nacionais, idealizada pela escritora Adriana Vargas, que está percorrendo as
principais capitais brasileiras entre final 2013 e também 2014. O projeto
visa levar além dos autores nacionais, vários blogs literários com o intuito de
divulgar e promover o cenário literário nacional e regional. Na etapa
Nordeste, o evento passou por quatro capitais do nordeste brasileiro – Recife,
Fortaleza, Aracaju e Salvador – com duração de uma semana, e contou, em sua
programação, com um bate-papo com os autores e sessões de autógrafos, além da
venda dos livros dos autores participantes.
Das
quatro capitais nordestinas, eu não fui apenas em Salvador, por questões financeiras
mesmo. Mas foi bom demais!!! Valeu cada centavo gasto. Para se ter uma ideia, em duas
escolas de Fortaleza, CEJA José Walter e Rogaciano Leite, fomos recebidos com
‘honras e méritos’, com direito ao hino nacional cantado pelos presentes e até
uma banda de músicos! Nunca imaginei isso. Foi emocionante
demais!!
Para o
próximo ano, a Mochila Literária promete muito mais, já que a experiência
nesses eventos nos servirá para melhorar os próximos.
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A
guerra contra as mulheres. Aqui no Brasil, 50 mil mulheres são violadas por
ano, e a sociedade assiste em silêncio.
Difícil
entender o que se passa em nossa sociedade... por que nos calamos diante de
tanta violência contra a mulher?
A
história das mulheres continua marcada pela humilhação e a brutalidade. É o que
contam os dados do Fórum Nacional de Segurança Pública: 50 mil casos de estupro
no Brasil no ano de 2012.
A história das mulheres é um longo
percurso de lutas contra a humilhação e a brutalidade, escrevi há 30 anos. Não
pensei que voltaria a escrever. Tudo parecia indicar que a sociedade brasileira
saíra da Idade da Pedra com seus Brucutus arrastando as mulheres pelos cabelos
e possuindo-as no melhor estilo animal... Leia mais aqui.
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Para fechar a semana anterior com um nó
horrível na garganta, tivemos a morte do líder africano Nelson Mandela, o
Mandiba, que lutou muito pela igualdade entre pretos e brancos. O acontecimento
provocou uma comoção geral no Brasil e no mundo. As redes sociais ficaram
repletas de declarações, muito fofas, de “amor e respeito” a Mandela. Mas, enquanto
isso, aqui em Guarulhos, um garoto de 8 anos tem a sua rematrícula rejeitada
pela escola, e por que? Porque a mãe se recusou a cortar o cabelo black power do garoto!! E o assunto
também caiu na rede, mas, apesar do absurdo do ocorrido, milhares de pessoas entraram
em defesa da escola e “condenaram” a mãe do garoto, dizendo que ela só queria
se promover! É... vivemos realmente numa sociedade muito hipócrita, onde
racismo, homofobia, misoginia e outros tantos preconceitos graves se tornam
“assuntos menores”, quando ocorrem em nosso país. Triste. Muito triste mesmo!
Aproveitando... Abaixo, um brevíssimo resumo da história de Mandela. Ele nunca
foi um 'fofo pacifista'! Mas sim um grande guerreiro que lutou por
seu povo, pela igualdade entre brancos e negros!!
Nelson Mandela foi mais que um ícone pacifista.
Ele teve a habilidade de unir seu país, ao mostrar na prática o que defendia,
um governo que tratou com igualdade brancos e negros. Mas para derrotar o
Apartheid, organizou a luta concreta. Mesmo preso,
esteve à frente do processo de resistência heróica do povo sul-africano,
liderado pela chamada Aliança Tripartite, formada pelo CNA, pelo Partido
Comunista Sul-Africano e pela central sindical Cosatu. Orientados pelo programa
da Revolução Democrática Nacional, a resistência popular se fortalece e obriga
o regime racista a negociar uma transição. Em seu país, continuava bombardeado
pela mídia, mas a campanha mundial para a libertação de Mandela atinge seu
auge.
Em
1990, Mandela é libertado. Nos comícios que reuniam multidões, o líder da
Revolução Democrática Nacional gritava “Amandla!” (Poder!), e o povo respondia
“Awethu!” (Para o povo!). Mandela foi eleito presidente em 94, sob temor de que
"daria o troco". Tanto que só seria retirado da lista de terroristas
dos EUA quando já era "um cara", em 2008, após ganhar o Nobel da Paz.
Seu governo não foi suficiente para resolver os graves problemas do país, mas
teve avanços inegáveis.
Mandela
não foi um pacifista amorfo, mas um homem que soube adaptar a luta às suas
condições concretas. Não foi alguém que ficou fazendo cara de fofinho enquanto
seu povo era massacrado. Ele foi à luta.
Mandela
merece todas as homenagens, principalmente pelo exemplo de luta que deu.
Uma triste realidade, não sabia deste dado alarmante de 2012. E ainda se dizem homens... Uma pena e uma grande perda para o mundo a morte deste homem que fez verdadeiros milagres e em nenhum momento pensou a possibilidade de uma guerra armada para fazer valer o que acreditava.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Rose, sim, Mandela não só pensou na possibilidade de uma guerra armada, como se tornou comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Ele foi, de fato, um guerreiro!!
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