Momento
de calmaria... tudo parece se movimentar em câmera lenta...
Sinto
como se estivesse em num pequeno barco à vela, parado no meio do mar...
Quero
dar velocidade ao barco, sair do marasmo, mas o tempo não ajuda... não há vento
suficiente... está tudo parado em torno do barco.
Há,
porém, uma quase confortante certeza de que tudo vai mudar de repente... que o
mar vai se agitar.
Mas
meu coração tem pressa... muita pressa!
A
ansiedade, essa minha velha conhecida, bate às portas do meu coração e diz:
Vem, sai desse marasmo e pula nesse mar!! Só o medo pode te deter.
Mas
não detém!!
Aflita,
eu olho para o mar profundo.
Não,
eu não tenho medo da mudança repentina. Tenho medo da apatia, da indiferença,
da angústia da eterna espera.
Então,
eu pulo.
E
mergulho nas profundezas do nada!!
Janethe
Fontes
Nota:
Por favor, ao repassar, não retire a autoria